No dia 29 de setembro de 1988 aconteceu um dos casos mais emblemáticos e marcantes da aviação brasileira. A história é contada numa superprodução, que acaba de estrear nos cinemas. O ano era 1988, dia 29 de setembro, quando o sequestro de um avião comercial mudou por completo a aviação do Brasil. Esta história, vista como o 11 de setembro brasileiro, virou filme com o lançamento de O Sequestro do Voo 375, desde ontem em cartaz em todo o país. O novo longa-metragem é dirigido por Marcus Baldini, com produção de Joana Henning pelo Estúdio Escarlate, e traz Danilo Grangheia e Jorge Paz nos papéis principais do comandante Murilo e Raimundo Nonato. O elenco ainda conta com Roberta Gualda, Gabriel Godoy, César Mello, Juliana Alves, Wagner Santisteban, Arianne Botelho, Diego Montez, Claudio Jaborandy, Johnnas Oliva e Adriano Garib.
Gravado no icônico estúdio Vera Cruz, a produção contou com uma robusta estrutura de filmagens, fiel aos detalhes da época, especialmente na recriação do Boeing. Conheça um pouco da história.
Raimundo Nonato Alves da Conceição, um homem insatisfeito com a situação política do Brasil e cansado com a falta de empregos e oportunidades para sua família resolve tomar medidas drásticas e comete um grande crime sequestrando o avião da Vasp 375 que partia de uma escala Confins, em Belo Horizonte, com destino ao Rio de Janeiro. O seu objetivo era um: colidir com o Palácio do Planalto e matar o ex-presidente da república, José Sarney.
Aproveitando a falta de detectores de metais em aeroportos e uma segurança menos rígida quando comparada aos dias atuais, entrou no avião portando um revólver calibre 32 e ao longo da viagem anunciou o sequestro para os passageiros e tripulação. Deixando todos de reféns, ele invadiu o cockpit, matou o copiloto Salvador Evangelista e obrigou o comandante Fernando Murilo a mudar sua rota para Brasília, em direção à sede do governo brasileiro. Se vendo responsável pela vida de mais de 100 pessoas a bordo, o piloto teve que desempenhar uma manobra heroica e nunca antes realizada na história da aviação, a tonneau, que desestabilizou o sequestrador e deu a possibilidade de pousar em segurança no aeroporto de Goiânia.
Apesar de uma morte confirmada, o comandante Murilo é considerado um herói nacional por ter salvado a vida de várias pessoas e ter impedido uma tragédia muito maior. Porém, nunca foi reconhecido no país como merecia. Uma história realmente de cinema.