Em cartaz nesta segunda-feira (12), O Homem e a Mancha é uma espécie de abre-alas para o festival Porto Alegre em Cena. A peça ganha apresentação no dia em que Caio Fernando Abreu completaria 68 anos, no mesmo palco em que estreou há 20 anos: o Theatro São Pedro. O tempo segue inexorável, a saudade não dá trégua e a obra se recria e se expande. Histórias se cruzam, depois seguem seu rumo e voltam a se cruzar, trazendo novas emoções e novos olhares. O que foi uma amizade forte e criativa segue sendo impactante.
Caio F., Marcos Breda e Luís Artur Nunes eram muito amigos. Breda e Nunes montaram, há 20 anos, quando Caio ainda era vivo, o último texto do grande autor brasileiro. Ele não viu a peça pronta, tendo falecido em fevereiro de 1996, meses antes da montagem estrear. Agora, as histórias voltam a se cruzar. O Homem e a Mancha ganha releitura comemorativa, numa emocionante homenagem dos amigos.
Originalmente uma leitura dramatizada, agora a linguagem multimídia inclui vídeos, imagens e momentos do espetáculo de 20 anos atrás. “É a nossa forma de dizer a Caio Fernando Abreu mais uma vez o quanto (e como cada vez mais) o amamos e admiramos. E sabendo como é imenso o público que também o ama e admira, queremos compartilhar com ele esse ato artístico-afetivo”, diz Nunes. “Estamos fazendo esta apresentação única. Na cara e na coragem”, completa Breda, chamando os amigos para o espetáculo, que sobe ao palco às 21h, com ingresso a R$ 20.
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