Com os objetivos de promover pesquisas, desenvolver sistemas e produtos e ensinar sobre resiliência, design biofílico e o valor da alimentação saudável, foi inaugurada a Escola de Agronomia Urbana, em Porto Alegre. O crescimento populacional nos grandes centros e a mecanização dos cultivos nos campos têm contribuído para a restrição de qualidade dos alimentos, pelo uso indiscriminado de defensivos, adubos químicos e sementes transgênicas. Esta configuração faz nascer o interesse por uma nova concepção de agricultura adaptada a espaços urbanos, que serve como uma ponte de ensinamentos. São oferecidos cursos para diversos níveis de aprendizagem, desde visitas guiadas para escola fundamental, cursos para iniciantes de diferentes idades e profissionalizantes.
Entre os temas, estão o cultivo indoor e em telhados, jardins verticais, aquaponia ornamental e produtiva, lagos e piscinas biológicos, compostagem, pavimento permeável, plantas alimentícias não convencionais (Pancs), frutíferas em vasos e iluminação de plantas de interior. Segundo o engenheiro agrônomo da Ecotelhado, João Manuel Linck Feijó, a escola pretende formar uma nova concepção de vida urbana. “É uma iniciativa para difundir o design biofílico no meio urbano. Ensina a criar oportunidade para a vida nos meios mais inusitados, como fachadas, paredes, muros, telhados, sacadas e interior de edifícios. Toda a boa prática para tornar a vida mais amigável com a natureza.” O design biofílico preconiza um paisagismo funcional e produtivo, e pode ser aplicado em condomínios residenciais e em escritórios, diminui o absenteísmo e melhora as relações interpessoais.
A Escola de Agronomia Urbana também oferece cursos de extensão direcionados a profissionais da área de arquitetura, engenharia ambiental, agronomia e biologia. Eles podem ser adaptados a grupos específicos como idosos ou pessoas com necessidades especiais. Mais informações com a Ecotelhado.