A Erradicação da Pobreza é o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Para cumprir com os acordos feitos na Agenda 2030, é preciso reduzir pelo menos à metade, até 2030, o número de homens, mulheres e crianças que vivem na pobreza extrema. Embora seja muito amplo, para compreender o primeiro ODS é necessário contextualizar diferentes cenários. O Brasil, por exemplo, tem uma estrutura que se diferencia de países mais desenvolvidos e a erradicação da pobreza está diretamente ligada à diminuição da desigualdade social. O esforço global para terminar com a pobreza está relacionado com questões de cunho social.
Desde 1990, o número de pessoas em extrema pobreza já diminuiu mais da metade, passando de 1,9 bilhão em 1990 para 836 milhões em 2015. Mas ainda há muito a evoluir: cerca de uma em cada cinco pessoas em regiões em desenvolvimento vive com menos de 1,25 dólar por dia, a maioria delas estão no sul da Ásia e na África subsaariana. Entre as ações que podem ajudar no primeiro ODS estão as bolsas de auxílio e os programas de proteção social com transferência de renda. É imprescindível que tais políticas públicas estejam alinhadas a outras iniciativas de fomento e desenvolvimento social.
O Brasil inovou na proteção social associada à redução da pobreza inserindo um imenso contingente de pessoas na política de transferência de renda. Foi seguido por vários países e, sem dúvida, ajudou a reduzir a pobreza extrema, ainda que não tenha diminuído significativamente a desigualdade. Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável atuam em três frentes: proteger a economia, as pessoas e o meio ambiente em sinergia.
No setor privado é possível contribuir desenvolvendo e propondo projetos inclusivos, de olho no empoderamento dos trabalhadores e das regiões afetadas pelas atividades das empresas. Além de investir e gerar de empregos diretos e indiretos e fortalecer a mão de obra local.
A definição de pobreza está associada à análise do padrão de vida dos indivíduos e na forma como suas demandas essenciais são atendidas diante de determinado contexto socioeconômico. Vale ressaltar que as múltiplas abordagens da pobreza contemplam conceitos monetários, não-monetários e sociais, incluindo direitos, representatividade e liberdade dos indivíduos.
Tudo começou no Brasil, na ECO-92, no Rio de Janeiro, 1992, onde o conceito de Desenvolvimento Sustentável foi introduzido à política mundial. Na conferência, 178 países adotaram a Agenda 21, um plano de ação para desenvolver parcerias e possibilitar o Desenvolvimento Sustentável com A Declaração do Milênio. Eram oito objetivos para 2015, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio focaram a redução da extrema pobreza. No ano de 2002, na África do Sul, ocorreu a Rio+10 (ou Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável), reforçando os compromissos traçados em 1992. No ano de 2012 ocorreu a Rio+20, de novo no Rio, que lançou as bases para a criação das ODS. Nesta conferência foi acordado o documento “O Futuro que Queremos” (The Future We Want). Hoje, os 193 países membros da ONU procuram orientar suas decisões seguindo essa agenda: os ODS, lançados em setembro de 2015, durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, na Assembleia Geral da ONU, quando os Estados e a sociedade civil discutiram seus papéis para atingir os 17 novos objetivos. Os 17 ODS foram baseados nos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que estabeleciam metas para o período entre 2000 e 2015 e avançaram consideravelmente na redução da pobreza global, no acesso à educação e à água potável. A ONU considerou os ODMs um sucesso e propôs continuar o trabalho traçando novas metas para os próximos 15 anos. Surgiram assim os 17 ODSs, resultado de décadas de trabalho colaborativo entre a ONU e os países.
Um relatório de 2021 aponta que o Brasil é um dos países que mais se distanciou do cumprimento da Agenda 2030 da ONU nos últimos anos. Foi identificado que 82,8% das políticas da Agenda 2030 estão em retrocesso, ameaçadas ou estagnadas no Brasil, e nenhuma meta foi cumprida ainda. Já demorou para começarmos a pensar e a falar sobre isso, concorda? E como diz a frase acima; o maior prazer da vida é fazer aquilo que disseram ser impossível. Vem.
Adorei saber mais sobre a Agenda 2030, Texto informativo, leve, direto sobre esse tema tão relevante. Parabéns, Mari. Aguardo o próximo. Bjoo