Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio
Eu e meu marido, Rodrigo, começamos a fazer hidroginástica em 2021. Na última terça, 14 de fevereiro, nossa profe comentou com a turma sobre o Super Bowl da Rihanna.
“Viram a Rihanna domingo? Tava bonito, né? Dizem que não ganham nada para fazer o show…”
Alguns afirmaram que sim, viram a Rihanna no Super Bowl. Fiquei surpreso. Quase tão surpreso quanto o grupo, formado em sua maioria por mulheres 60+, ficou ao nos ver chegar na aula experimental.
Tudo bem, o Halftime Show ocorre na final da liga profissional de futebol americano. É um fenômeno de audiência. Para se ter uma ideia, o show de Rihanna atraiu uma média de 118,7 milhões de espectadores, ficando atrás apenas de Katy Perry, em 2015, cuja apresentação foi acompanhada por cerca de 120 milhões de pessoas. Os dados são da Fox, que é responsável pela transmissão.
Os fãs brasileiros da National Football League (NFL), a liga de futebol americano dos Estados Unidos, são cada vez mais numerosos. Em cinco anos, esse público cresceu 117%, segundo a pesquisa Sponsorlink, do Ibope Repucom, publicada nesta reportagem da CNN. Em 2021, 33 milhões de pessoas se declararam fãs de futebol americano no nosso país.
Ainda assim, 51% deles é do sexo masculino, e 61% tem entre 18 e 39 anos. Não é muito o perfil da turma da hidro. Concluí, então, que pode ter sido porque há meses se falava sobre o grande retorno de Rihanna. A volta dela aos palcos que vimos no Super Bowl ocorreu, mais precisamente, após sete anos do lançamento de seu último álbum, o “Anti“. E da “ANTI World Tour”, que encerrou em 2016.
Vale frisar que, antes desse hiato, Rihanna era uma artista conhecida por lançar hit atrás de hit. Ou seja, a gente tava mesmo com saudade e esperando muito por esse comeback. Inclusive, por toda a relevância do Halftime Show em termos de audiência, espera-se sempre que o artista anuncie algo, como uma turnê, single ou álbum, por exemplo. O único anúncio, porém, foi o do novo integrante da família. Sim, Rihanna gravidíssima foi a grande revelação da noite.
Foi uma performance épica? Para mim, não foi. Mas estava lindo mesmo assim. Teve crítica e gente frustrada com a apresentação sem grandes coreografias e sem trocas de figurino? Teve.
Mas também teve mídia positiva. A Revista Rolling Stone classificou o Halftime Show da Rihanna como um dos melhores da história do evento. O terceiro melhor show feminino, ficando atrás de Beyoncé, em 2013, e da performance em dupla de Shakira e Jennifer Lopez, em 2020. Na lista geral, Rihanna figura em oitavo lugar.
Ficou entre as melhores na minha lista? Não. No meu top 3 coloco Madonna, Shakira e a performance em dupla de Jennifer Lopez e Katy Perry. O da Rihanna foi ruim? Não. Foi emocionante, dentro das limitações da gestação e da personalidade dela como artista, e teve muitos pontos positivos: um setlist que representou bem seus 17 anos de carreira e que, de quebra, mostrou o remix de Rude Boy em funk brasileiro, do DJ Klean. E com direito a uma publi ao vivo da linha de maquiiagem dela, porque, com o segundo filho em menos de um ano, os boletos vem, né? Falando nisso, será que ela abriu o show com “Bitch Better Have My Money” cobrando alguém que tá devendo, para fazer o enxoval? (kkkk).
Tava lindo.Valeu, Riri.
Nesta semana, no podcast Bá que papo, falamos sobre o show da Rihanna no Super Bowl, e sobre a história do Halftime Show, com Mariana Betolucci direto do Rio de Janeiro. Ouça agora no Spotify clicando aqui.
Para ler outros textos da coluna Bá experiência, acesse este link.
Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio