Quem diria que o almoço do Dia de Namorados me salvaria? Eu, uma solteira altamente comprometida comigo na vida. Pois foi! E espero que vocês consigam chegar no final, porque vai precisar…
Nosso tempo está perturbador. Não vejo ninguém que não tenha sido impactado pela enchente-emergência+climática-tragédia. De forma intensa, eu tenho vivido isso tudo nos últimos 40 dias. E justamente no 12 de junho eu quase pifei. Até que, por conspiração astral, almocei com uma amiga querida de mais de 20 anos de amizade. Nossa… está entre 20 e 30 anos já…
E aqui vai mais um achismo – ou desejo –: todo mundo tem uma amiga assim. Na conversa com ela, entre enchente, Portugal, terapia, medos, foi de desfazendo devagarinho o bug mental. Duas horas de pausa na vida pra ter conforto. Conforto de sentimento real, lembrança, história vivida. Aí me peguei dizendo que, depois ver tanta coisa nessa enchente monstra e devastadora, eu acho que realmente não teria a segurança e a parceria necessárias das pessoas que estive mais tempo. Cada um por um motivo muito claro e desenhado. Que agora vejo com a nitidez mais refinada! Agora!
Seguimos e pensamos como é diferente da gente as pessoas que amam rapidamente, e desamam rapidamente. E esse fluxo flui de forma quase rotineira. Cafezinho, cigarrinho e vamos pra vida de novo.
Uma parada para responder e-mails em um café da esquina; ver preço de muro pré-moldado; ganhar um fogão novo; combinar doação de roupas; enviar propostas; cobrar fornecedor… Lá estava ela, a pequena felicidade. As pequenas alegrias da vida adulta, como diz o Emicida.
Só consigo viver essas pequenas alegrias com a cabeça fresca. Eu – talvez a gente – preciso de pausas. Ganhar fôlego. Ir pra superfície. (A da moda: ver a floresta e não só a árvore). Tá complicado pra cacete. Mas não dá pra sucumbir. Mesmo diante do outro. Por causa doutros. É tão simples que assusta.
Simples como o cardápio de almoços de 20 anos atrás, que lembramos nesse 12 de junho: arroz, guisado e ovo. Eu, minha irmã e essa amiga. Depois da farra gastronômica, uma seguia pra Cidade Baixa, uma pro Centro e outra pro Menino Deus.
A pausa precisa terminar. Não antes de eu pensar de novo nas relações que tive. Lembrei que lá, no mundo simples, real, de dias tensos e emocionados e difíceis, a gente acha a pessoa que te faz saber que igual ela é difícil de achar, mas tem no mundo. Geralmente essas pessoas vem com o sorriso largo, o peito aberto, a verdade translúcida. Porque não há o que esconder nem de si, nem do mundo. Olhem – pro lado, pro passado – e procurem. Talvez – desejo e torcida – você também tenha tido a sorte de encontrar uma pessoa assim. Mesmo que no passado. Porque, ou vocês estão juntos, ou já se cruzaram nessa vida. O que prova que vale a pena, sim. Só dar-se pausas.
Flavia Moreira, jornalisa
É sobre isso, minha amiga. Sobre pausas pra ver o que realmente importa, o que é belo na sua simplicidade, o que aquece o coração.
Muita canseira! Nem as pausas trazem ventos novos! Sempre lembro disso: até eu conhecer alguém, até ele entender como eu sou e não imaginar que eu seha aquela pessoa que ele fantasiou, até eu conhecer a família dele e ele a minha, até eu tentar e tentar acreditar que ele nao vai se mostrar um babaca, pulo a parte de ter filhos pq já tenho e não quero mais…….acho melhor parar por aqui pq esse papo me deu sono. Fica pra outro dia….ou não. Bjs maravilhosa!
Muita canseira! Nem as pausas trazem ventos novos! Sempre lembro disso: até eu conhecer alguém, até ele entender como eu sou e não imaginar que eu seha aquela pessoa que ele fantasiou, até eu conhecer a família dele e ele a minha, até eu tentar e tentar acreditar que ele nao vai se mostrar um babaca, pulo a parte de ter filhos pq já tenho e não quero mais…….acho melhor parar por aqui pq esse papo me deu sono. Fica pra outro dia….ou não. Bjs maravilhosa!