Diz o Google que a gravata foi “inventada” em meados do século XVII pelo Rei Luis XIV, que introduziu em sua corte o pano que os mercenários croatas usavam-na Guerra dos 30 Anos para proteger o pescoço. Luis XIV, chamado de Rei Sol, não passava de um porco. Esse monarca, que foi o mais longevo da história do império francês – governou por 72 anos – tomou apenas 2 banhos na sua vida!
Aquele aparato com mais de 20 centímetros de largura, servia para várias coisas: como toalha, como guardanapo, como lenço, para secar a boca e as mãos, para assoar o nariz e, ainda para limpar a bunda. Como se sabe, os palácios de então tinham mais de 100 quartos e salas e nenhuma privada. Com o passar dos séculos sua utilidade foi se reduzindo. Surgiram as toalhas, os guardanapos, os lenços e o papel higiênico. As tais gravatas foram se encolhendo progressivamente. Hoje, não têm nem 4 centímetros de largura. E para que elas servem? Para nada. Ao contrário, são meros adereços de atazanar os homens que as vestem. Se as camisas forem largas no pescoço parecem vestimenta de palhaço. Se forem apertadas no pescoço não passam de um instrumento de tortura que até sufocam os infelizes que precisam usá-las.
O que acontece, na prática. Tão logo termina a parte formal do evento, os homens começam a desabotoar o botão que fica no pescoço e afrouxam a gravata; até mesmo a tiram e põe-na no bolso. E a tal elegância vai pro brejo.
Um terno azul marinho, com uma boa camisa azul claro, ou mesmo branca, sem esse ridículo adereço, é mais elegante e saudável.
Como parte importante dos meus leitores é da classe social de festeiros, proponho que os convites para bar mitzvah, bat mitzvah, 15 anos, formatura, casamento, bodas de prata, bodas de ouro e outros eventos, exclua a adjetivo completo, quando indica o traje dos homens.
O setor público já está mais adiantado neste quesito. O jovem e moderno governador Leite e o popular e despojado Melo só se engravatam se algum antigo protocolo a exigem.
Ao fim, preciso aplaudir meus queridos amigos Celso e Zilda Campos que, há pouco fizeram uma excelente festa no Country Club, na comemoração de suas Bodas de Ouro. Sem gravata. Nenhum homem se sentiu enforcado, todos numa boa.
Abaixo a gravata!
Fernando Ernesto Corrêa, advogado, empresário e jornalista
Imagem: Pixabay
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