Nas recentes coleções prêt-a-porter e haute-couture, os chapéus vêm ocupando lugar de destaque, adornando as cabeças das manequins com exuberância, o que se deve atribuir, em particular, ao mago do chapéu, o criador britânico Stephen Jones, que, há mais de quarenta anos, inventa e reinventa o acessório de maneira espetacular, por que não dizer, excêntrica.
Stephen cursou a reputada Saint Martin’s School of Art em Londres ao mesmo tempo em que frequentava a icônica boate BLITZ, em Covent Garden, templo da vanguarda inglesa no início da década de oitenta. Lá conviveu com Duran Duran, Jean Paul Gaulthier, Boy George e outros personagens emergentes na cena artística europeia…. Despertou seu gosto acentuado por chapéus, compondo os looks exóticos dos habitués.
Ao reconhecer o talento do designer para a arte dos chapéus, o proprietário da boate BLITZ, Steve Strange, financiou a primeira butique de chapelaria de Stephen Jones, inaugurada em 1º de outubro de 1980, no porão da loja de moda ‘XP’, no mesmo bairro efervescente de Covent Garden.
O sucesso foi instantâneo e estrondoso. Já em 1982, Mr. Jones desfilava seus modelos exclusivos em Paris. Em 1984 desenhou os chapéus para a coleção de Jean Paul Gaulthier numa colaboração que seguiu por muitos anos.
Não parou mais. Suas criações oníricas, ousadas, tresloucadas, alçaram-no ao posto de estilista chapeleiro de primeira categoria, de renome mundial.
Cada chapéu é unico, é exclusivo, não existem dois iguais. Para cada cliente, um chapéu. Nestes 40 anos de inspiração desenfreada, sucederam-se múltiplas criações para prestigiados estilistas, dentre os quais Yoji Yamamoto, John Galliano, Thierry Mugler e Christian Lacroix, além de projetos especiais, como a coleção de peças feitas sob encomenda para o Instituto do Vestuário do Museu Metropolitano de Arte de Nova York.
Entre suas clientes encontram-se nomes da realeza britânica, como o foi a princesa Diana de Gales e, atualmente, as duquesas de Sussex e Cambridge. Igualmente, ídolos do mundo da música como Madonna, Rihanna e os Rolling Stones.
Exuberante ou delicado, minúsculo ou imenso, sóbrio ou colorido, simples ou requintado, terráqueo ou planetário (inspiração em saturno), o chapéu é a expressão artística, na qual Stephen Jones é mestre absoluto.
Radicado em Londres, Stephen enfeita cabeças do mundo inteiro, famosas e anônimas, manuseia a seda, a musseline, o shantung, mas também a resina, a barbatana e o arame. Seus chapéus são verdadeiras esculturas, obras de arte.
O Museu da Moda da Cidade de Paris* dedica ao artista uma exposição retrospectiva do conjunto de sua obra que se estende até 16/03/2025.
A exposicão ‘Stephen Jones, Chapeaux d’Artist!’ reúne cerca de 400 ítens, incluindo mais de 170 chapéus, 40 silhuetas completas e uma série de desenhos, fotos, áudios e vídeos, numa mostra completa da riquíssima trajetória artística de Jones. O percurso pelos salões do magnífico prédio do Palais Galliera incita à admiração do talento criativo do designer, suas fontes de inspiração, colaborações e projetos mundiais que lhe valem o título de o ‘Mago do Chapéu’. Ao final da visita, a sensação é de orbitar num universo onírico com a certeza de que o chapéu, de acessório, passa a elemento indispensável.
No mundo real, Mr. Jones seria a personificação ideal do célebre “chapeleiro maluco” , imaginado por Lewis Carroll no cult ‘Alice aux Pays des Merveilles’.
*Stephen Jones, ‘Chapeaux d’Artiste ‘ (19/10/2024-16/03/2025). Palais Galliera –
Musée de la Mode de la Ville de Paris -Palaisgalliera.paris.fr
Maria Alice Ripoll, Punta del Este, janeiro de 2025
Maravilhoso “Mago do chapéu “ apresentado por esta pessoa genial.Tenho a sensação de estar sendo apresentada a Ele . PARABÉNS
Que trabalho incrivel o dele e que delicia ler uma cronica escrita dessa maneira simples informativa e elegante.
Parabens e queremos muito mais dessa cronista
que tem o dia a dia convivendo com coisas interessantes e curiosas.
Amigo querido!!!!! 🎩👒🧢🩵💚
❤️🩵💚
💚🩵❤️🧡🫠
Crônica interessantíssima.Nos leva…a imaginar …como era a criação dos chapéus !
Maria Alice surprende sempre!
Muito interessante, adorei! Eu amo chapéus, desde muito jovem, quando não era comum usá-los na vida diária. Pelo menos na minha cidade de Porto Alegre no final dos anos 70, seguindo nos anos 80. Era coisa de quem andava lá pelo Bonfim… Hehehe…
Hoje em dia já sou mais discreta, mas amo boinas de tecidos e também de tricô e crochê, chapéus de lã e feltro. São ótimos para o nosso inverno, e ainda dão ou toque no visual! ; )
Viva o chapéu!!!! 🧢🎩👒
Que trabalho incrivel o dele e que delicia ler uma cronica escrita dessa maneira simples informativa e elegante.
Parabens e queremos muito mais dessa cronista
que tem o dia a dia convivendo com coisas interessantes e curiosas.
🧡❤️🩵💚👒
Gracias querida!!!! 👒
Além de muito bem escrita, demonstra por parte da autora um excelente trabalho de pesquisa sobre a “obra “ de Stephen Jones. Adorei e aprendi muito.
❤️💚🧡🩵💙💛
Muito bom Maria Alice! O cara é fera, mais de 40 anos no mercado, criando sempre peças únicas! Texto muito correto e inspirado!
Especialíssima, pessoas que não se encontram facilmente.
👒🎩🧢🫠
Pessoa especial, está difícil encontrar.
Que trabalho incrivel o dele e que delicia ler uma cronica escrita dessa maneira simples informativa e elegante.
Parabens e queremos muito mais dessa cronista
que tem o dia a dia convivendo com coisas interessantes e curiosas.
Viva o chapéu!!!! 🧢🎩👒
Super interessante a trajetória e talento deste artista, adorei!!
Parabéns a autora por mais uma excelente crônica!
💚🧡🩵💙💛👒🧢🎩
…após ler esta crônica …fui assistir e pesquisar mais sobre a vida deste criador britânico…mais uma crônica interessante e super bem escrita ..parabéns…
💙💛🩵💚
Leitura deliciosa. Bravo María Alice
Merci!!! 🧢🎩👒