Dia 28 de novembro, um perfil de memes do Instagram compartilhou um vídeo sobre o grande “segredo” por trás dos aniversários.
Nele, uma menina revela que muita gente não comemora o dia do próprio nascimento porque há um ritual contra nós mesmos por trás disso. Ao fazermos um pedido e apagarmos a vela, pimba, vendemos nossa juventude para algum ser do além e nos tornamos mais velhos.
Por isso, segundo ela, pessoas que não comemoram o próprio aniversário parecem mais jovens. Como seria o caso da Avril Lavigne.
Bom, nunca havia ouvido falar dessa teoria, é claro. Minha reação imediata foi a de gargalhar, muito embora, envaidecido, pensei: seria esse o motivo por que dizem que pareço ser mais novo? Afinal, nunca gostei de comemorar aniversário. (risos).
Lembrei desse vídeo porque, esta semana, faz um ano que eu, o meu marido, Rodrigo, e a Mariana Bertolucci gravamos o primeiro episódio do Bá que papo, o podcast da Revista Bá. Há doze meses também escrevi o primeiro texto desta coluna, a Bá experiência.
Quando disse que não gosto de comemorar meu aniversário, é verdade. Mas nunca soube o motivo. Até ler, este ano, algo sobre crenças limitantes, que é quando medos e inseguranças nos bloqueiam e nos levam à autossabotagem.
Sabe a criança cujos pais diziam: “você não é inteligente”, “se fizer isso, nunca vai ser alguém”, “assim, ninguém vai gostar de você”? Ela possivelmente se tornará um adulto sem autoestima, por acreditar nesssas coisas negativas a respeito dela que não são verdade. E quais as consequências disso?
Um exemplo do que essas crenças limitantes causam é quem não gosta de dançar. Não é que a pessoa não goste de dançar. Ela, na verdade, tem medo de ser julgada. Ou quem não gosta de dar opinião, mas, na real, teme ser rejeitada. E quem não gosta de aniversário, quando, efetivamente, há um reveceio de fazer a festa e ninguém aparecer.
Todos nós temos crenças limitantes. A questão é como lidamos com elas. Eu, por exemplo, tive muito medo de passar a me expor por aqui. Não porque não gostasse de escrever e ser lido, e sim por achar que as pessoas iriam me criticar. O mesmo vale para o podcast. Mesmo assim, não permiti que isso me paralise e fui adiante.
Ao se aproximar a data do aniversário de um ano do Bá que Papo e da coluna Bá experiência, pensei: melhor não comemorar, vamos fazer apenas um episódio normal. O bom, porém, é que entendi, a tempo de mudar de ideia, que isso era um bloqueio por insegurança. Ou seja, uma crença limitante. Então, incentivei o Rodrigo e a Mari a fazermos, pela primeira vez, um episódio também com vídeo. Fizemos. E foi muito legal.
Nos divertimos, relembramos os assuntos, os convidados, o início deste projeto. Teve até bolo. Contudo, sem pedido, sem parabéns pra você e sem assoprar velinhas. Pelo menos não vendemos a juventude do podcast e da coluna para espíritos do além. Mas tanto faz também. Decidi agora que quero começar a gostar de comemorar aniversário.
E, parecendo mais jovens ou não, pouco importa. Só desejo vida longa a tudo isso.
No podcast Bá que papo desta semana, para o episódio de aniversário, conversamos sobre como tudo começou, sobre os convidados, os temas e tudo que aconteceu no último ano. Ouça agora no Spotify clicandoaqui. Para ler outros textos da coluna Bá experiência, acesse este link.
Bá experiência por Diogo Zanella/Estúdio Telescópio