Guardem este nome, Jonatan Ortiz Borges, este menino é um evento.
Fui ao meu segundo sarau, convidada pela Manuela Lopes Dipp. Foi no Bar Olho Mágico, na Cauduro, 35. Entre os diversos eventos de poesia que andam pululando por aí, este é mais um local de acolhimento e simpatia para quem gosta de lirismo. Logo que cheguei vi um rapaz bonito com uma camiseta escrita “Guardel”. Como muito estudei a literatura de cordel para entender sua influência em João Cabral, me chamou a atenção a palavra “Guardel” e parti pra cima do rapaz. Ele me mostrou dois “pliegos sueltos” um azul e outro amarelo no formato dos típicos cordéis do nordeste com poemas de Slam.
Jonatan é um evento. Na hora do microfone aberto recitou um poema de “amor” perguntando insistentemente para a plateia quem teria dito eu te amo para alguém especial naquele dia. Os versos, não tenho eles disponíveis agora e só trago a lembrança impactante, é um manifesto lírico-engajado no que mais importa ao ser humano: o amor. O poeta prova que acima de qualquer diferença, este sentimento é o que realmente vale para que sobrevivamos ao ódio. Qualquer tipo de ódio.
O escritor que mora no Guajuviras, em Canoas, é autor de três livros “Eu, poéto” (poesia), “A menina que morria a cada maçã” (contos) e o “Versos bordados” (poesia). Dou uma prova para vocês de um dos livros de Poesia de Guardel (Slam): “ Olhem todos para mim porque eu gosto de MPB:/Música Popular Branca ou como gosto de chamar:/Meus Poemas para a Branquitude/Ou melhor ainda: meus poemas Black Power!/E Drummond me dê a mão? Não!?/”Quem não tem teto de vidro”/”Que atire a primeira pedraaa…”/Eu quero ver quem é capaz/De fechar os olhos e descansar em paz/Sabendo que lá tinha!/Latinha uma pedra no meio do caminho/No meio do caminho latinha uma pedra (…).
O poema de Slam é um pouco longo para reproduzi-lo todo aqui, mas acaba assim: “Agora eu vou dar o papo reto/Na quebrada tá sobrando templo de pedra/Porque tá faltando afeto!”. Na orelha do livro “Versos bordados”, Jonatan explica que escrever é sua arte primeira, mas que também á ator, ator bonequeiro, faz bolhas de sabão gigantes, narra histórias e recria o mundo todo o dia no ofício artístico. Lembrem este nome: Jonatan Ortiz Borges. E, se possível, descubram um sarau ou uma disputa de Slam em que ele vai estar para assistir ao evento que é este rapaz. A poesia agradece.
Por Susana Vernieri, jornalista, poeta e escritora
Que lindeza de resenha. Conhece o poeta citado, tenho o Versos bordados, livro lindo.
Parabéns Susana, que orgulho tenho de pessoas cimo tu. Bom ser tua amiga, um abraço!ersos
Que lindeza de resenha. Conheço o poeta citado, tenho o Versos bordados, livro lindo.
Parabéns Susana, que orgulho tenho de pessoas como tu.
Bom ser tua amiga, um abraço!
Que lindeza de resenha.
Conheço o poeta citado, tenho o Versos bordados, livro lindo.
Parabéns Susana, que orgulho tenho de pessoas como tu.
Bom ser tua amiga, um abraço!
Obrigada, poeta!!!
Que palavras mais generosas, bondosas e carinhosas para comigo. Obrigado Suzana! E obrigado poesia por permitir que eu conheça pessoas como você, pessos que transbordam humanidade. GRATO D+!