Me dá um nó na garganta e um embrulho no estômago receber mais uma vez notícias de violência contra mulheres no Brasil. Precisamos falar sobre feminicídio e abuso psicológico, pois nosso país já é o quinto no ranking mundial de casos de violência de gênero.
Precisamos, mais do que nunca, estar alertas às agressões sutis, silenciosas… quase veladas.
Cotidianas.
Quanto silêncio cabe em um sentir?
Busco, nas imagens da série “Castra-me”, estranheza reflexiva.
Uma crítica poética a situações de abuso em que são roubadas as identidades, a alegria de mulheres que amam demais. Pouco a pouco vão ficando secas, sem graça, com medo, sem espontaneidade.
Tornam-se mulheres castradas, sem energia, confusas e, por isso, inertes e silenciosas. Um ciclo cruel que nada tem a ver com o amor. A agressão velada, nas entrelinhas, na ironia camuflada de brincadeira…
A essa agressão precisamos estar alertas e combatentes, caso contrário, pode ser o começo de uma história já predestinada.
O machismo magoa e mata.
É uma doença atemporal, que precisa ser refletida no mais íntimo de cada um; independente do gênero. Uma doença a ser curada com amor e empatia.
Já suportamos o bastante. Não vamos mais tolerar truculência.
Coragem é agir com o coração. Não se calem.
Se te faz sofrer não é amor!
Por Heloisa Medeiros
Linda Crônica, Heloisa.
Como tuas fotos, essa crônica é direta,
colorida e faz pensar!